Arquitetando com afeto: espaços com pertencimento
- Lari Mars
- há 6 dias
- 3 min de leitura

Qual a importância de uma arquitetura afetiva? Muitas vezes, o design contemporâneo anda tão “ultraprocessado” que não consegue criar uma resposta emocional nas pessoas que coexistem no ambiente.
É ai que entra o profissional de arquitetura e design de interiores:
Pense que além de estar contanto com um serviço que proporciona soluções funcionais, está também abrindo portas para soluções afetivas, que deixam sua vida mais leve e agradável visualmente e emocionalmente.

Um ambiente que foi pensado para ter uma arquitetura afetiva de sucesso traz muitos benefícios ao provocar uma resposta emocional positiva como o de coesão social, bem estar e senso de identidade.
Por onde começar a construir essa identidade em seu próximo projeto?
Contexto do espaço e adaptação de técnicas:
Ter conhecimento do contexto do espaço em questão é fundamental, uma boa sugestão é realizar uma pesquisa histórica, assim, além de conhecer métodos de desenvolvimento locais, que reforçam o sentimento de pertencimento, também é possível adaptar técnicas e metodologias tradicionais para o contexto do projeto.
Um exemplo muito interessante nas mídias foi o de processo de pesquisa para a arquitetura da minissérie “Cem Anos de Solidão” baseado na obra de mesmo nome de Gabriel Garcia Marques, a equipe de produção ao desenvolver a cidade fictícia de Macondo, realizou uma pesquisa extensa sobre métodos de decoração e conservação de residências de localidades de mesma época em que se passa a obra e conseguiram adaptar uma forma de pintar as paredes das residências das casas da fictícia cidadela com pigmentos cem porcento naturais da própria terra dos arredores.

Isso reforça além de tudo, a cultura de pertencimento tanto do projeto, quanto de quem ali vai existir frequentemente, diminuindo o estresse e enriquecendo o backstory do projeto.

Conheça o perfil principal do seu projeto
Tenha em mente o perfil das pessoas que vão conviver com o ambiente, qual o perfil delas? Qual a média de idade? Quais os gostos e preferências? Qual a dinâmica entre elas e qual dinâmica você quer promover?

Estamos considerando aqui, que você já tenha levado acessibilidade física em consideração, que tal agora, pensar na acessibilidade visual e emocional?

Isso vai te ajudar a desenvolver ambientes que proporcionem espaços de conforto e acolhimento, favorecendo a intimidade e sinceridade entre as pessoas, assim como foco e descanso quando desejado.

Boost de identidade!
Resgate objetos que remetam histórias, símbolos importantes para os residentes. Isso reforça o pertencimento, é como se ao longo do dia, ou em momentos difíceis de desconexão com a realidade, ao observar o ambiente, o espaço dissesse:
“Ei, você pertence àqui! Você não está mais perdido, sou o seu espaço seguro!”

Procure preservar elementos afetivos, como alguma mobilia da familia ou da empresa do lar anterior ou alguma fotografia, é uma ótima pedida.
Já viu alguma imagem scrollando seu app de referências e pensou: isso é a cara do meu cliente? Pois é, isso é a identidade visual dele querendo emergir do seu projeto! Não perca essa oportunidade!

